segunda-feira, outubro 20, 2008

FATO CONCRETO

Córrego do Mato e Rio Jundiaí

VAI FALTAR ÁGUA E SOBRAR CIMENTO

Há poucos dias atrás o Jornal de Jundiaí afirmou que a FUMAS tem um projeto para recuperar o Córrego do Mato.

Não é bem assim.

A FUMAS reagiu às manifestações de ambientalistas e posteriormente à posição desfavorável do COMDEMA. E não teve outra saída senão procurar uma instituição que pudesse apresentar um diagnóstico sério sobre o assunto.

E então, depois de relutar, aceitou mudar os planos e agora aparece como defensora do cascudo que mora no córrego.

Mas há uma questão extremamente preocupante, para a qual a FUMAS não tem plano nem projeto: a proteção das nascentes do Córrego do Mato.

Sim, porque qualquer ação que visa proteger a biota, garantindo condições de vida para as pererecas e as garças, precisa pensar nas nascentes.

Mas onde elas estão?

Seguramente que o córrego não nasce daqueles canos perto da Vigorelli.

As nascentes, várias, as cabeceiras do riacho, estão nos morros do Bonfiglioli e Jardim Paulista e na parte mais alta da própria avenida, escondidas sob os canteiros e asfalto. A enorme e desenfreada ocupação compromete definitivamente a drenagem e a reposição aqüífera na região. Toda a área está tomada por edifícios. Uma das últimas áreas livres, a Vigorelli, deve dar lugar a um shopping.

A FUMAS não tem planos para isso.

Nem planos nem competência, como aliás, para todos os demais projetos que envolvem os córregos e rios da cidade.

Sem as nascentes, o córrego morre.

Claro que, ao longo da avenida, ele recebe outras contribuições. Mas todas as áreas de reposição serão rapidamente ocupadas.

É preciso ter planos para isso.

Do contrário, em pouco tempo, teremos uma bela avenida, com o canal aberto e bem cuidado.

Só vai faltar a água!

Isso nos remete a outra situação: a do rio Jundiaí.

Esta semana a imprensa divulgou os planos da SABESP para o esgoto de Várzea Paulista e Campo Limpo.

Ótimo. Só que os planos da FUMAS para o rio são outros: cimentar seu leito e suas margens.

O resultado é que em alguns anos teremos um rio despoluído mas sem vida, correndo numa calha de concreto.

Vai faltar água no Córrego do Mato e sobrar cimento no Rio Jundiaí.

A FUMAS esqueceu de incluir estes detalhes nos seus planos!


Paulo Roberto Franchi Dutra

Coordenador do Fórum Permanente Caxambu

quinta-feira, outubro 02, 2008

Em Jundiaí é assim....

Em Sorocaba, o rio e o patrimônio histórico estão assim:


Em Amparo, o rio Camanducaia é assim:


Em Seul, o há pouco tempo atrás poluído e tamponado Cheonggyecheon, agora é assim:
Mas em Jundiaí, o rio que dá nome a cidade é tratado assim:
E assim: