sábado, junho 08, 2013

Jardim Botânico de Jundiaí iniciará trabalho de pesquisa no Cerrado



 O bioma Cerrado cobre aproximadamente 22% do território nacional, sendo o segundo maior bioma brasileiro. Este bioma abriga mais de 11.000 espécies vegetais, das quais 4.400 são endêmicas, isto é, que só ocorrem no Cerrado. O ecossistema do Cerrado é um dos que mais sofreu com a ocupação humana, sendo superado apenas pela Mata Atlântica. 

 A pressão crescente para o desmatamento de novas áreas para expansão agropecuária e urbana está levando ao consumo progressivo dos recursos naturais de todo o país. O município de Jundiaí é composto por uma vegetação característica de Mata Atlântica com manchas de Cerrado distribuídas ao longo do seu território. Observa-se uma atenção muito grande de toda comunidade jundiaiense para a conservação da Serra do Japi e para os fragmentos de Mata Atlântica, no entanto existe um esquecimento das áreas de cerrado, em virtude da falta de conhecimento da população sobre a existência e a importância deste bioma. 

 Devido a este cenário preocupante, o Jardim Botânico de Jundiaí iniciou um processo de anexação de um remanescente de Cerrado de 16 hectares de área, localizado no Bairro Fazenda Grande em Jundiaí. O objetivo deste processo é criar uma área para conservação por meio de pesquisas e ações de proteção e preservação das espécies nativas. 

 Esta iniciativa irá criar a primeira área pública de Jundiaí com vegetação conservada de Cerrado para subsidiar programas de educação ambiental. Como primeira ação para concretização deste projeto será iniciado um trabalho de pesquisa para conhecer a diversidade de espécies arbóreas e arbustivas desta área. O trabalho será iniciado no próximo dia 7 de junho e será executado pelos técnicos do Jardim Botânico de Jundiaí com o suporte do Herbário e do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico de Campinas – IAC. 

http://jardimbotanico.jundiai.sp.gov.br/destaque/jardim-botanico-iniciara-trabalho-de-pesquisa-no-cerrado/

quarta-feira, maio 08, 2013

Novo loteamento, velho modelo de urbanização

Área do loteamento, em imagem do Google

Um novo loteamento será implantado ao lado do Maxi Shopping. Placas falam de urbanização. O terreno é uma grande área verde, entre o Horto Florestal e Marco Leite. A vegetação é típica do raro cerrado paulista e já começou a ser derrubada.

Tempos atrás, pesquisadores da Faculdade de Biologia Anchieta identificaram na flora do local, um exemplar de pequi. Ha também presença de fauna e nascentes. Vários animais expulsos pelos condomínios próximos do Parque da Cidade se refugiam ali. Agora vão morrer, como as arvores cortadas.

Jundiaí não precisa dessa urbanização. A obra tem todas as licenças da CETESB e Graphoab, mas isso não significa que não causara impactos ou perdas irreparáveis. A prefeitura precisa rever esse modelo de urbanização, precisa de um plano de recursos hídricos por exemplo. O novo loteamento impacta diretamente a área de proteção de mananciais. Prejudica a bacia do rio Jundiaí e a microbacia do Jundiaí Mirim.

O terreno poderia ser destinado à conservação ambiental como Parque Natural, mas pertence a uma grande empresa imobiliária local. Existem diversas outras obras em andamento na cidade causando grandes danos: assoreamento de córregos, perda da cobertura vegetal, morte das espécies animais.

Os empreendedores são os únicos que lucram com isso. O município e a população pagam o prejuízo. A prefeitura precisa rever corajosamente a situação e compartilhar essa responsabilidade com a comunidade. Esse modelo de urbanização não cabe mais aqui.