quarta-feira, dezembro 12, 2007

Encontros do Japi: Florada, Fazenda Conceição, CF 2008, Dia dos Direitos Humanos, Lar Anália Franco, Centro Comunitário São Francisco....


porque outra APA é possível!


Depois da abertura na última quinta, 6/12, o II Encontro dos Povos do Japi intensificou sua agenda de diálogos, percorrendo vários espaços da cidade e da capital. A sexta dia 7 foi reservada a reuniões de avaliação e planejamento.


CF - No sábado, 8, a participação na primeira reunião da Campanha da Fraternidade 2008 marcou a adesão do Fórum Permanente Caxambu ao tema "Defesa da Vida". Mais de cem agentes da Campanha estiveram presentes no Auditório da Cúria Diocesana de Jundiaí.

Florada - Neste mesmo dia uma visita ao Centro Comunitário João de Deus, no Jardim Tarumã, onde acontece o trabalho do Grupo Florescer, abriu espaço para concretização de uma agenda ambiental na entidade para 2008. A visita ocorreu durante o evento "Florada", um bazar de artesanatos, pães e bolos que mostra um pouco do trabalho do grupo, feito por meninas do bairro.

Conceição - Dia 9, o encontro foi na Fazenda Conceição, antiga produtora de café, onde o proprietário Antonio Sestini resgata a história, a culinária e a natureza. A área está inserida na bacia do rio Capivari e deverá receber um projeto agroecológico e de recuperação de áreas degradadas, em parceria com a Rede Mantiqueira Mogiana.

Dia Mundial dos Direitos Humanos - O Fórum Caxambu foi a São Paulo na segunda, dia 10, levar os Encontros à Assembléia Legislativa, onde participou, ao lado do Instituto em Defesa da Vida das comemorações do Dia Mundial dos Direitos Humanos. Pela manhã uma conferência abordou a Biodiversidade e as novas tecnologias e a tarde aconteceu a cerimônia de premiação dos "Parceiros da Paz e da Sustentabilidade". No final da tarde, uma comissão segiu para o Viaduto do Chá, onde realizou 24 horas de vígilia com a campanha Mais Vida, Menos Lixo, contra o avanço dos lixões sobre as áreas de Mata Atlântica.

Defesa da Vida - Na manhã do dia 11, o clero da Diocese de Jundiaí se reuniu no Caxambu, para confraternização dos padres de 11 cidades da região. O tema da CF 2008 - "Fraternidade e Defesa da Vida" - mais uma vez foi destaque. O Fórum Caxambu é parceiro da Cáritas na Campanha e estará apoiando a divulgação da CF em várias paróquias a partir de janeiro.
LAF - Também no dia 11, um encontro com alunos do Lar Anália Franco e a coordenadora Adelaide, definiu uma proposta de levar um curso de produção de vídeo para a entidade. O projeto deverá ser realizado em parceria com o Instituto para Defesa da Vida na sede da entidade a partir de fevereiro. Neste dia os alunos assistiram a peça "Biosfera em Perigo" e a conversa mostrou que os meninos (e meninas) estão ligados na ameaça do aquecimento global.

Horta Orgânica e Coletivos Jovens - O Centro Comunitário São Francisco de Assis sediou uma oficina de horta orgânica e compostagem nesta quarta e um bate-papo Coletivos Jovens. Localizado no Jd. Novo Horizonte, o Centro é coordenado pela Caritas Diocesana de Jundiai.

O encontro aconteceu no período da manhã, com atividades direcionadas para adolescentes e jovens da comunidade, conduzidas por estudantes da UNICAMP e UNESP, representando o grupo Trocas Verdes e Coletivos Jovens sócio-ambientais do interior de São Paulo, o CJ Caipira.

A compostagem de resíduos orgânicos e a preparação de canteiros deram início a horta ecológica do Centro Comunitário. Além disso, o Fórum Caxambu e os grupos convidados conversaram sobre a formação de um Coletivo Jovem no local.

CJ - Os Coletivos Jovens de Meio Ambiente, comumente chamados de CJs, são grupos informais que reúnem jovens representantes ou não de organizações e movimentos de juventude que têm como objetivo envolver-se com a temática ambiental e desenvolver atividades relacionadas à melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida. Esses coletivos são como redes locais, para articular pessoas e organizações, circular informações de forma ágil, pensar criticamente o mundo a partir da sustentabilidade, planejar e desenvolver ações e projetos, produzir e disseminar propostas, que apontem para sociedades mais justas e equitativas.

Programação contínua

13/12 - Reuniões internas de avaliação e planejamento
14/12 - Aniversário da Cidade - Manifestações Culturais
15/12 - Coletivo Jovem na APA Cabreúva
16/12 - Espaço do Samba Paulista Vivo - Pirapora do Bom Jesus

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Japiapé



riacho e cão

Povos do Japi começou nesta quinta, no Japiapé

Fazenda Japiapé, no bairro Ponunduva em Cajamar, sediou reunião da Rede de Agroecologia

Integrantes da Rede de Agroecologia Mantiqueira Mogiana estiveram reunidos durante a quinta, 6, na Fazenda Japiapé (http://www.japiape.com.br/) em Cajamar, marcando a abertura do II Encontro dos Povos do Japi.

A Rede (http://www.agroecologia.cnptia.embrapa.br/) é formada por um colegiado de instituições, além de produtores rurais, técnicos, estudantes universitários, estagiários e consumidores. Seu objetivo é difundir e incentivar a prática da Agroecologia e o consumo de produtos de origem agroecológica, que são cultivados com respeito ao meio ambiente e ao ser humano.

O Fórum Permanente Caxambu, organizador do Encontro, incentiva a Agroecologia para o fortalecimento da agricultura familiar, preservação ambiental e sustentabilidade

A Fazenda Japiapé, que produz e comercializa mais de dez variedades de hortaliças orgânicas, será uma unidade de referência da Rede na região.

O Encontro reuniu pesquisadores e técnicos da EMBRAPA, UFSCAR, UNICAMP, APTA, Secretaria de Agricultura de Jundiaí, agricultores de Jundiaí, Cajamar e Indaiatuba, representantes de ONGs e da comunidade local. Um representante do Assentamento Pedro Casaldáliga (Fazenda São Luiz) também esteve presente. Entre os estagiários da Unicamp, um intercambista da cidade de Hamburgo, na Alemanha.

Com cerca de 30 participantes, o grupo percorreu a propriedade, elaborando um diagnóstico para identificar os principais indicadores agroecológicos, visando a sustentabilidade do local. Uma agenda de novos encontros para 2008 começou a ser definida e deverá ser aberta a participação de mais agricultores da região.

Programação contínua:

Eventos confirmados:

07/12 - Reuniões internas de avaliação e planejamento
8 e 9/12 - "Florada", no Jd. Tarumã. - Distribuição de mudas de espécies nativas na instituição Florescer - Rua Rio de Janeiro 808, durante bazar da entidade.
10/12 - 9h00 - Conferência Nacional de Biodiversidade, Água e Direitos Humanos e Premiação dos Parceiros da Paz e da Sustentabilidade - Assembléia Legislativa de São Paulo - Auditório Franco Montoro.
11/12 - 9h00 - "Biosfera em Perigo", com Lar Anália Franco.
12/12 - 8h00 - Encontro com os Jovens do Centro Comunitário S. Francisco de Assis - Jd. Novo Horizonte.
13/12 - Reuniões internas de avaliação e planejamento
14/12 - Encontro com Crianças e Jovens da Casa de Nazaré
15/12 - Coletivo Jovem na APA Cabreúva
16/12 - Espaço do Samba Paulista Vivo - Pirapora do Bom Jesus

sexta-feira, novembro 30, 2007

II Encontro dos Povos do Japi


Fórum Caxambu realiza II Encontro dos Povos do Japi

O II Encontro dos Povos do Japi é um ciclo de conversas e debates que o Fórum Permanente Caxambu realiza próximo da data de 10 de Dezembro, que é o Dia Internacional da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Este ano a programação começa em 6/12 e prolonga-se até 16/12. Será lançada no dia 3/12, 20h00, durante evento no SENAC Jundiaí. Todas as atividades do II EPJ são gratuitas e abertas à comunidade, inclusive o lançamento do programa.

II Encontro dos Povos do Japi
06 a 16 de Dezembro de 2007
Semana Internacional dos Direitos Humanos
10 de Dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos


Os "Povos do Japi" são as comunidades que habitam a região das Áreas de Proteção Ambiental – APA - constituídas no entorno da Serra do Japi, ou seja, os municípios de Jundiaí, Cabreúva e Cajamar.

São comunidades rurais e urbanas que convivem direta ou indiretamente com uma das maiores reservas de Mata Atlântica do interior de São Paulo, considerada Reserva de Biosfera da Humanidade pela UNESCO.

Estes grupos vivem os desafios diários da sustentabilidade: o agricultor familiar que planta a uva na microbacia do Jundiaí-Mirim; o executivo das grandes empresas do setor industrial; o aluno das diversas instituições de ensino superior; as populações em situação de risco. Todos, sem exceção, dependem de um delicado equilíbrio entre a ação humana e o meio ambiente.

Mas, para preservar, é preciso conhecer o bioma onde estamos inseridos e, fundamentalmente, os povos que aí habitam.


Primeira Edição

A primeira edição do evento, realizada de 01 a 10/12/2006, reuniu centenas de participantes, em diferentes atividades, concentradas no município de Jundiaí, mas também em Cabreúva, Cajamar e Salto. O evento foi organizado pelo Fórum Permanente Caxambu, grupo ambientalista de Jundiaí e contou com o apoio de instituições locais e empresas privadas. Os encontros aconteceram na Câmara Municipal de Jundiaí, Cúria Diocesana, SENAC, Natura Cosméticos (Cajamar), Complexo Cultural Argos, Fazenda Japiapé, Centro de Lazer São José (Salto), Livraria Nobel e Comunidade Maria de Nazaré (Cabreúva).


II Encontro

Esta segunda edição será realizada mais uma vez na semana dos Direitos Humanos, de 06 a 16 de dezembro de 2007, com atividades diversas, como oficinas, reuniões e debates, em escolas, centros comunitários e espaços públicos de Jundiaí e cidades da APA.

Estes encontros tem como objetivo apresentar para a comunidade experiências positivas em preservação e sustentabilidade e prestar apoio técnico a produtores rurais, profissionais, empreendedores e empresários. A cada dia, empresas, especialistas, acadêmicos, ambientalistas, instituições públicas e ONGs convidadas se revezarão nos debates.


Programação

Eventos já confirmados:

06/12 - 9h00 - Encontro da Rede de Agroecologia no Sítio Japiapé - Bairro Ponunduva - APA Cajamar.

8 e 9/12 - Florada, no Jd. Tarumã.

9/12 - Falando do Caxambu - Diálogo com Prof. Júlio César Lazaro da Silva, mestre em Geografia/Unesp.
10/12 - 9h00 - Conferência Nacional de Biodiversidade, Água e Direitos Humanos e Premiação dos Parceiros da Paz e da Sustentabilidade - Assembléia Legislativa de São Paulo - Auditório Franco Montoro.

11/12 - 14h00 - "Biosfera em Perigo", com Lar Anália Franco.

12/12 - 8h00 - Encontro com os Jovens do Centro Comunitário S. Francisco de Assis - Jd. Novo Horizonte.

14/12 - Encontro com Crianças e Jovens da Casa de Nazaré

15/12 - Coletivo Jovem na APA Cabreúva

16/12 - Espaço do Samba Paulista Vivo - Pirapora do Bom Jesus


Organização

A realização do evento é uma iniciativa do Fórum Permanente Caxambu, grupo sócio ambiental e de apoio ao desenvolvimento rural solidário, fundado em 2002 no município de Jundiaí, que atua em defesa dos mananciais. O II EPJ conta com o apoio do Instituto para Defesa da Vida, Movimento Grito das Águas e Rede de Agroecologia Mantiqueira Mogiana.

email forumcaxambu@gmail.com
11 71051713

sexta-feira, novembro 02, 2007




Sobre o Japi-Guaçu, Córrego do Mato e outros recursos hídricos ameaçados pelas obras da Prefeitura


Nos últimos 40 anos, enquanto o sr. José Moreira da Silva esperava uma solução para o córrego Japi-Guaçu, o mundo mudou radicalmente.

Sobretudo em termos ambientais, mudou para pior.

O clima em todo o planeta está se alterando em função da poluição atmosférica e da destruição da cobertura vegetal. A água é escassa e está contaminada.

O sr. José mora na Vila Maringá, em Jundiaí, e o Japi-Guaçu corre próximo de sua residência. Bem, se neste período o poder público não resolveu o problema do sr. José, não é possível aceitar que agora, tanto tempo depois, a solução seja a mesma aplicável nos anos sessenta.

Tamponar ou canalizar um rio ou córrego é obra de engenharia desatualizada, preguiçosa, pouco criativa, predatória, anti-ecológica e pró-aquecimento global.

O sr. José e todos os moradores da Vl. Maringá tem o direito de se manifestar. E precisam fazer isso sempre, a todo momento. Nós precisamos. Para mostrar ao poder público que quem manda no bairro, na cidade, no país, no planeta, é o cidadão.

Nesse sentido, a Profa. Dra. Laura Bueno, outra moradora de Jundiaí, também tem todo direito de ser contra a obra no Japi-Guaçu, no Córrego do Mato e outros recursos hídricos ameaçados pelas obras míopes da Prefeitura Municipal.

Devemos aceitar o tamponamento do córrego (ou canalização) em troca de uma pracinha, um parquinho ou uma quadra esportiva que logo após será abandonada pelo próprio poder público, como acontece na maior parte destes equipamentos coletivos?

Como, se podemos ter a mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores e jardim, a quadra, o playground e ainda manter o rio vivo, em seu estado natural?

Isso se chama Parque Linear, é Tecnologia Social, disponível e implantada com sucesso em centros urbanos importantes, como São Paulo, Curitiba, São Carlos e outros, mundo afora.

A cidade de São Paulo está vencendo o desafio de recuperar córregos e nascentes, sanear cursos hídricos, devolver o verde e promover a convivência dos cidadãos com a natureza, exatamente como o Sr. José podia fazer há 40 anos, em sua juventude e mais ainda em sua infância.

Eu assinei uma representação ao Ministério Público, junto com Laura Bueno e outros cidadãos, entendendo que a Prefeitura e os órgãos responsáveis pelos projetos, precisam rever o conceito da obra e, principalmente, aprender a ouvir a comunidade e criar condições para que isso ocorra.

Precisamos tirar as cobras e lagartos do quintal da dona Maria Odete, outra moradora da Maringá, mas precisamos, igualmente, preservar o córrego Japi-Guaçu ou o que resta dele, do Córrego do Mato e dos demais.

É um desafio e tanto. Mas não é por isso que vamos optar pelo caminho mais fácil, que é esconder o problema com concreto e asfalto e deixar a "bomba" para as gerações futuras.

A dona. Maria Odete e o sr. José moram nas várzeas, nas áreas de proteção do Japi-Guaçu. A vila Maringá está em Zona de Conservação, delimitada pelo próprio córrego. Todos nós, cidadãos de Jundiaí, estamos numa Área de Proteção Ambiental, uma APA. Todos nós, nos limites da Mata Atlântica, ainda que quase não se perceba.

O Meio Ambiente é bem comum e nesse sentido, o Japi-Guaçu é de todos nós e não apenas dos moradores mais próximos. Nossa responsabilidade então é priorizar o diálogo, não decepcionar o sr. José, mas salvar o rio e o planeta, pedacinho por pedacinho, começando ali, no quintal de casa.

sábado, outubro 13, 2007

Córrego do Mato ameaçado!

Córrego do Mato: a meio caminho de lugar nenhum

A revitalização da Avenida Nove de Julho causa preocupação em seus primeiros movimentos. Na altura do Beco Fino, o córrego foi entubado e concretado. Embora a ponte seja necessária, revela soluções de uma engenharia míope, desconectada das questões ambientais globais.

A Córrego do Mato era apenas a avenida que ligava "nada a lugar nenhum" nos anos setenta. O asfalto invadiu a várzea, manobra impeditiva nos dias de hoje. O código florestal define estas áreas como "de proteção permanente", um estorvo para as prefeituras e empreiteiras.

Quando transformou-se na Nove de Julho, menina dos olhos da cidade, o córrego continuou sua humilde trajetória, do nada para lugar nenhum... Surge de um cano, perto da Vigorelli, deságua tristemente no poluído Jundiaí.

A cidade tem nome de rio e mantém distância profilática de seus cursos d'água. O Jundiaí, com suas margens concretadas há anos, é o grande exemplo disso. Com o Jundiaizinho não é diferente: depois de incensado no Parque da Cidade, vira um canal triste e esquecido. Em seu trecho final, próximo da UNIP, os resquícios de mata-ciliar deram lugar a concreto e asfalto.

Agora, a propaganda oficial anuncia obras de "saneamento". Financiadas pelo PAC, sob pretexto de atender demandas da população, preparam terreno para empreendimentos imobiliários.

A obra na avenida "cartão postal" poderia mesmo ser emblemática, um legado do governo municipal. Mas para isso precisaria quebrar o paradigma da "canalização". Revitalização sim, mas sem entubar o córrego, sem destruir suas margens.

Pessoas de setenta anos, a geração do prefeito, conheceram um rio Jundiaí preservado, onde era possível nadar e "tirar lambari com a peneira". Minha geração viu um rio poluído pelos esgotos, efluentes da Duratex e de outras empresas. Depois, o emparedamento.

Agora querem entubar o córrego do Mato. Para muitos de nossos jovens e crianças, que nem sabem o nome dele, é a única referência de rio urbano.

E não está doente: as garças freqüentam suas águas atrás dos peixinhos, as pedras formam recantos para a pequena fauna local. Em alguns trechos, como nas proximidades do Wiener, a mata mantém intercâmbio com o riacho. De vez em quando se vê um gambá ou um ouriço.

Em tempos de Aquecimento Global, não faz sentido destruir o córrego para privilegiar o trânsito. A avenida pode ser revitalizada sim, embora o município tenha outras prioridades, mas com Engenharia Sustentável, sem dano ao córrego. Até mesmo a troca da tubulação de esgoto pela DAE, uma operação delicada, precisa ser reavaliada. Frente ao desafio de preservar o ambiente, não podemos ter preguiça de pensar, de projetar com criatividade.

Em Santana de Parnaíba, muito próximo de nós, há um bom exemplo dessa Nova Engenharia. Um condomínio, com o sugestivo nome de Gênesis, foi implantado numa imensa área verde. Ao final das obras, a mata-nativa dobrou de tamanho. Num local onde era preciso abrir uma estrada optou-se por uma alça elevada, acima das copas das árvores, para não cortar nenhuma delas.

Os Parques Lineares da cidade de São Paulo são outro bom exemplo. Com a recuperação de córregos e nascentes, serão interligados por corredores verdes, permitindo a circulação da fauna e das sementes. O rio passa a ser o ponto de partida do planejamento urbano e referencia para a comunidade. Na maior e mais complexa cidade da América Latina, até mesmo córregos canalizados ou tamponados voltarão às condições originais.

O córrego do Mato precisa ser conservado, como marco de uma geração que disse não ao concreto e sim à vida. O município "verde", precisa incentivar o transporte coletivo, o uso da bicicleta, educar o motorista, restringir o uso do automóvel. Horários de pico, poucos, não justificam a canalização. A melhor utilização das vias próximas e construção de pontes, pode minimizar os mínimos congestionamentos. A faixa adicional parece ser viável em alguns trechos, onde as calçadas são mais amplas, onde há terrenos vagos. É possível buscar, literalmente, um outro caminho. Pode nascer ali nosso primeiro Parque Linear.

As novas e futuras gerações têm o direito de conviver com um riachinho cortando a cidade. É preciso coragem para lançar mão dessa Nova Engenharia em todos os outros córregos e trechos do rio Jundiaí que pretendem entubar.

O Japi deve deixar de ser lastro da cidade, nessa política do "tudo pode, desde que não se mexa na Serra".

Pensar a reforma da Nove de Julho a partir da preservação e revitalização do córrego do Mato, não é voltar ao passado. É antes uma nova postura, diante dos desafios de um novo tempo.

Sem ela, nós, cidadãos do "município verde", estaremos como a velha Córrego do Mato: a meio caminho de lugar nenhum!

Paulo R. F. Dutra
Coordenador do Fórum Permanente Caxambu, é Comunicador Social e Ambientalista

terça-feira, outubro 02, 2007

Primavera dos Museus

Mesa-redonda: debate sobre Aquecimento Global no Museu da Energia de Jundiaí
Primavera dos Museus

Museus de todas as regiões do país garantiram participação na 1ª Primavera dos Museus. A programação contou com 874 eventos, que aconteceram nos dias 22 e 23 de setembro em 305 instituições museológicas. Organizada pelo Departamento de Museus e Centros Culturais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Demu/Iphan), a primeira edição da Primavera dos Museus sintonizou os museus com o meio ambiente, ao desenvolver uma agenda de atividades integrada sobre tema atual, de relevância mundial, como o aquecimento global.
O Museu da Energia de Jundiaí, em parceria com o Fórum Permanente Caxambu e ETE Vasco Venchiarutti, promoveu as seguintes atividades: Mesa redonda sobre aquecimento global com diversos profissionais de várias instituições; Ecofashion – Desfile com roupas produzidas com materiais alternativos e recicláveis; Oficina de Biodiesel; Apresentação do filme “Mudanças Climáticas”; Exposição de experimentos sobre energia e exposição de fotos sócio-ambientais. Aproximadamente 100 pessoas prestigiaram o evento.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Mês das Crianças

No Dia da Criança, comemore com a Natureza!

Aproveite o mês das Crianças e comemore de uma forma diferente, unindo alegria e carinho com o meio-ambiente.

Ofereça uma atividade especial, onde as crianças encontram diversão e educação-ambiental na mesma brincadeira.

Reúna a garotada para ouvir os contadores de histórias, participar de oficinas de reciclagem, compostagem, horta-orgânica, brincar com a pintura e máscaras dos bichinhos da mata-atlântica e plantar árvores para combater o aquecimento global.


Informações:

forumcaxambu@gmail.com
11 71051713 com Paulo

domingo, setembro 30, 2007


20 Empresas pelo Meio Ambiente

O Fórum Permanente Caxambu, movimento sócio-ambiental da região da Serra do Japi (Área de Proteção Ambiental-Jundiaí-SP), conta com sua colaboração nesta Campanha - 20 Empresas pelo Meio Ambiente.

O Fórum busca a parceria de 20 empresas ou instituições que possam contribuir com uma cota de R$ 500,00 (quinhentos reais) . O valor será utilizado na manutenção dos trabalhos deste segundo semestre.

Cada empresa ou instituição parceira, em contrapartida, estará convidada a participar e compor a mesa do evento "Fórum de Sustentabilidade", que promoveremos em São Paulo, no dia 5 de Dezembro de 2007. As empresas/instituições parceiras receberão um certificado neste evento.

Também como contrapartida, a empresa/instituição receberá pelo período de 1 ano um boletim informativo eletrônico, com novidades sobre o meio-ambiente e a atuação do Fórum Caxambu.

Para contribuir, efetue depósito de R$ 500,00 para:

Banco do Brasil - agência 4048-7 - conta 7.276-1

terça-feira, setembro 11, 2007

VIDALIMENTO, Pedreira-SP,
19 de Agosto

Rede MM reunida para a apresentação do Prof. José Maria Guzman Ferraz ("O Estabelecimento Rural em Transição para a Agricultura Ecológica: como saber se estamos no rumo da sustentabilidade?")



Prof. José Maria (Embrapa/UFSC - em primeiro plano); Nereide Fontebasso (atrás do computador), na manhã do domingo

Paulo e o pessoal da Rede MM, atentos ao debate

segunda-feira, setembro 03, 2007

AGRIFAM
Feira da Agricultura Familiar em Agudos-SP
04/08/2007

Paulo com produtos do Sítio Santa Isabel (vinagre e feijão, João C. Fontebasso - Jundiaí-SP), no stand da Embrapa. É a Rede Mantiqueira Mogiana de Agroecologia, marcando presença na AGRIFAM.

segunda-feira, julho 23, 2007


Campanha - Fórum Caxambu
Caxambu Vivo!- 2º Semestre de 2007


Fundado há 5 anos, o Fórum Permanente Caxambu é um espaço dinâmico para o debate e encaminhamento de soluções ambientais, sediado na Área de Proteção Ambiental da Serra do Japi (APA Jundiai, Cabreúva, Cajamar)

O Fórum nasceu voltado para a questão da Água e foi formado com um grupo de voluntários moradores do bairro Caxambu, em Jundiai-SP, que abriga a maior parcela da Microbacia do Rio Jundiai Mirim, área de proteção de mananciais do município. As características da região definiram sua atuação: as frentes de trabalho são a Educação Ambiental, a Restauração das Matas Ciliares e o Desenvolvimento Solidário e Sustentável das Comunidades Rurais e Urbanas.

Esse trabalho é realizado de diversas formas, como palestras, reuniões, atividades de campo, plantio de mudas, caminhadas ecológicas, mutirões, em ações que se multiplicaram e extrapolaram os limites do bairro Caxambu.
Hoje, o Fórum participa efetivamente do movimento sócioambiental nacional e atua fortemente na região da APA. Um pouco deste trabalho pode ser visualizado neste blog.


O Fórum Caxambu não se constituiu como ONG, mas se firmou como movimento sócio-ambiental. Suas atividades acontecem em clubes, escolas, igrejas, empresas, onde fomenta a organização dos grupos sociais e incentiva a participação pró-ativa em defesa do meio-ambiente.

O trabalho do Fórum tem contado com apoio de empresas e pessoas ao longo destes 5 anos. Infelizmente, em 2007, alguns importantes apoiadores estão ausentes. Desta forma, neste segundo semestre de 2007, se torna indispensável lançar esta Campanha, visando ampliar o relacionamento e garantir a continuidade das atividades.

Contribuição: Peço sua contribuição. Um valor pequeno e único, mas somadas às contribuições de outros parceiros, teremos condições de prosseguir com as atividades. Nossa meta é atingir no mínimo o valor de R$ 10 mil, garantindo assim as atividades de agosto a dezembro.

Se não for possível colaborar pessoalmente, peço que reúna algumas pessoas e participem em grupo . Por outro lado, se houver mais pessoas que possam contribuir, agradeço se puder divulgar a Campanha.

Contrapartida: Ao confirmar sua contribuição, receberá semanalmente, até dezembro/2007, um boletim eletrônico, via email, com as principais atividades do Fórum Caxambu, notícias importantes, links interessantes e informações ambientais. Confirme pelo email paulorfdutra@gmail.com ou forumcaxambu@gmail.com

Aquecimento Global: O trabalho do Fórum Caxambu ajuda a minimizar os agentes causadores do aquecimento global, através do Plantio de Árvores, da conscientização de crianças, jovens e adultos pela Educação Ambiental e do incentivo a Agroecologia, agricultura praticada com respeito ao meio-ambiente.

Para contribuir, efetue depósito para:

Banco do Brasil - agência 4048-7 - conta 7.276-1

Agradeço seu apoio. Acompanhe pelo blog as novidades do Fórum Caxambu!

Paulo R. F. Dutra
11 71051713

quarta-feira, junho 20, 2007

"Amazônia - Vida e Missão Neste Chão"

Reunião de avaliação da Campanha da Freternidade 2007, 18 a 20/05, em Itaici. O tema foi a Amazônia. Na foto, Moacir, Paulo e Sandra

terça-feira, janeiro 09, 2007

Palestrante e participantes do evento

05/01/2007 17h15min (Portal Senac*)

I Encontro Povos do Japi no Senac Jundiaí

O Senac Jundiaí recebeu, no dia 7 de dezembro, o I Encontro Povos do Japi. O objetivo foi organizar, promover, facilitar e incentivar encontros de grupos diversos, com foco na Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra do Japi. Representantes das cidades de Jundiaí, Cajamar, Cabreúva, além de interessados participaram do evento.
Na ocasião, João Vasconcellos Neto, presidente da Comissão de Pesquisa do Instituto de Biologia da Unicamp, especialista e pesquisador da Serra do Japi, esteve presente para conversar com os alunos do curso Técnico Ambiental. Assim, puderam conhecer uma das maiores autoridades no assunto, além do trabalho realizado no local.
Estavam presentes, também, alguns monitores que realizam visitas à Serra, bem como representantes da ONG “Fórum Permanente Caxambu”, realizadores do encontro. Foi uma oportunidade para refletir sobre os impactos que estão ocorrendo na Serra do Japi e em seu entorno.
“O I Encontro dos Povos do Japi começa na Semana dos Direitos Humanos, mas não para por aí. É um Encontro em construção, um encontro para debater e planejar o Encontro. É a chance para falar de coisas urgentes, como a questão das leis e de apelos do coração, como a preservação da paisagem para as futuras gerações. É um Encontro entre os povos e deles com sua Serra. Um encontro da Serra com a APA e da APA com seus povos”, disse Paulo Dutra, do “Fórum Permanente Caxambu”.